entre
a pele e os lençóis
entre a pele e os lençóis tenho um rio das ostras
quando entramos na pele do poema de Olga Savary - mar o nome do meu macho -
quisera tê-lo em ondas quando vens espada quando vais espuma quente me lambendo
entre as coxas e um marisco re-mexendo como larva de vulcão aceso me queimando
os pelos em baixo dos lençóis.
paixão
passei esses últimos 4 dias de paixão, recolhida
no meu sexo, embaixo dos lençóis. lembrei-me da romã a fruta cíclica vermelha
que sempre me espelha ciclo menstrual e a incondicional e exuberante natureza
viva do ser
verdades
secretas
não vejo camila faz tem na ficção de setembro foi
a última vez. não sei se tem outra pele não sei se guarda outra roupa. as cinco
estrelas nas costas naquele písico/drama dela é tudo o que sei.
Gigi Mocidade
www.arturkabrunco.blogspot.com
SATURNAL
Paraíso é essa boca fendida de romã
— bagos de vida,
paraíso é esse mistério de água ininterrupta
fluindo do terminal das coxas,
é a vulva possuída-possuindo
violáceo cacho de uvas,
é esse dorso de vinho navegável
atocaiado para um crime.
Olga Savary
Santíssima
Trindade
casamento. união dos 3 elementos: poeta poesia musa. sem que necessariamente ela esteja vestindo blusa.
linguagem. devoração. subversão. eroticidade
ato da exploração do inverso da normalidade onde
o altar da moralidade perde o seu sentido ao lavrar o verso tendo como
alvo o corpo da voragem.
Federika Lispector
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