antigamente escrevia com lápis depois caneta logo depois máquina de datilografia aí veio o ginásio industrial e comecei a escrever na linotipo na oficina de tipografia meus primeiros poemas foram publicados tipograficamente impressos na própria oficina onde aprendi a ser linotipista coisa que essa nova geração já perdeu de vista
Artur
Gomes Fulinaíma
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A CarNAvalha em
são luis
do paraitinga
certa vez foi ao carnaval
de são luis do paraitinga
queria conhecer o povo caiçara
ver os folguedos de artifícios
no jogo do baralho
do batman com o coringa
mas o dilúvio nos aterrou na estrada
só chegamos em profunda madrugada
nem ás de copas
muito menos ás espadas
em nossa bagagem só cerveja
era o que restava
no culler da Federika
a mulher mais rica do bordel
da boemia
muito mais até que a Diva
a maior puta do país
o curral das éguas da planície
montanhosa em são luis
na madrugada iluminada
e como se diz lá nas quebradas
agora não se fala mais
agora não se fala nada
Federico
Baudelaire
Subversão
PoÉtica
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canção de um realejo solitário
para Artur Fulinaíma
“ainda tenho o teu perfume
pela casa
ainda tem você na sala
porque meu o coração dispara
quando sinto teu cheiro
dentro de um livro
dentro da noite veloz”
meu coração dispara
quando abro a porta
e não te vejo
na vertigem do dia
canção de um realejo solitário
quando não te beijo
eu imenso mar sozinha
como um peixe afogado em águas
de delírio e sal
Rúbia Querubim
Obs.: versos entre aspas Adriana Calcanhoto que me acompanhou ontem a noite inteira em minha solidão
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descaminhos
para Rúbia Querubim
quando te procuro
e não encontro
ando tanto tanto tanto
chego a gastar os tutanos
nos descaminhos
desse enredo
mas por enquanto
vou te amar assim
em segredo
Artur Fulinaíma
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