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1.
Qu’importa
Se
chegou ontem à tarde
E
já se vai agora
‘inda
antes do almoço.
Deixou
o bastante de si
Entre
essas paredes,
Em
manchas no lençol
E
na umidade na toalha
De
banho.
A
felicidade é sempre
Para
sempre
Mesmo
que dure
Menos
de um dia.
2.
Veja
se não esqueceu
Alguma
peça de roupa
Na
gaveta
Um
pé de meia
A
camiseta
Do
dia em que chegou,
Ou
mesmo pela metade
O
tubo de pasta de dente
Na
pia do banheiro.
Dê
uma última e lenta
Olhada
em tudo
para
ver
Se
realmente
Está
levando tudo,
E
bata a porta
Bem
devagar.
Deixe
aí dentro
Apenas
essa louca
Vontade
de ficar.
*
André Giusti
Pirenópolis, 28.7.2023
http://www.andregiusti.com.br/site/
MOTRIZ
para minha irmã, Carmen Moreno;
em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Uma mulher
Não se localiza na estrela brilhante
Numa distante Ursa Maior
Mas na medula óssea
Na régua que controla a diretriz dos corpos
Ela é sempre um pacto
Um parto futuro
E deve ser lida na delicadeza das maçãs
Na beleza vermelha dos pássaros
Uma mulher
É o sangue que brota
No meio dos girassóis caídos
É o fio elétrico da tensão
É a fé que emerge dos faróis dos templos
É a humaníssima trindade
Está atrás, à frente, ao lado
Do mais humano do humano
Do humano do humano
Uma mulher
Não se dilui nas cores do Sol
Ou no final do arco-íris
Ela é o que resiste
É o aqui e o agora
É a sede que inscreve no rosto do mundo
A senha
“Libertas que serás, homem”
Uma mulher será para sempre
O coração do poema
Tanussi Cardoso
In Sextas Poéticas
http://artecult.com/sextas-poeticas-motriz-de-tanussi-cardoso/
Mais que nunca
E no entanto, é preciso cantar
Mais que nunca, é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
Vinicius de Moraes
A bala da moda é a perdida na balada nossa de cada dia
Cidade partida sempre se mostra, roça as vidas: mil Rocinhas
Não se queira que se dane o Rio de sangue e maravilhas
Rio explode nas retinas e até pode virar minas
Mais que nunca, cantar forte coletiva utopia
E que rio de recortes seja só em geografia
Arte é campo sem divisas, vê além do que espia
Qualquer canto será grande sob o céu da poesia
Delayne Brasil
(poema do livro Na pele do mundo, Ventura Editora, 2023).
concretar é preciso
Tchello d´Barros
Artur Fulinaíma
teve sua conta
banida do face
mas teimoso e concreto
ele permanece aqui
erótico
ereto
Rúbia Querubim
https://porradalirica.blogspot.com/
POESIA PLURAL
ACONTECE AGORA TAMBÉM EM SÃO PAULO – SP
Agora é oficial. O já consolidado evento literário
Poesia Plural, que reúne anualmente autores de diversas regiões do Brasil,
acontecerá pela primeira vez também em São Paulo, Abrigado pela Livraria
Patuscada, tradicional point do meio literário paulistano, Com curadoria de
Tchello d’Barros, esta primeira edição do evento na cidade, apresentará um
timaço de autores, contando ainda com uma parceria da Editora Desconcertos. No
programa, além de uma série de performances, haverá sessão de autógrafos e o
aguardado sarau multilinguagens.
POESIA ORAL
A chamada Poesia Oral, falada, declamada,
encenada, em suas diversas facetas marca presença no momento sarau deste Poesia
Plural. Além das performances de Lucília Dowslley(RJ) e Brenda Marques Pena
(MG), teremos participação de uma pleêiade de poetas de diversos estados, que
estarão com seus versos interagindo com a plateia.
NOMES CONFIRMADOS
Abel Coelho, Betty Vidigal, Cá Berto (POR), César
Augusto de Carvalho, Cláudio Daniel, Cristiane Grando, Dione Barreto, Eliane
Justi (PR), Fabiano Fernandes Garcez, Franklin Valverde, Ingrid Morandian,
Iverson Carneiro (RJ), Joaquim Celso Freire, Luís Alberto Machado (PE), Luiza
Silva Oliveira, Marcelo Brettas, Otávio Machado, Renata Barros, Regina Viana,
Remisson Aniceto, Renilson Durães, Roberto Bicelli, Roza Moncayo, Rubens
Brosso, Rubens Jardim e Telma da Costa (RJ).
Leia mais no blog
https://fulinaimagens.blogspot.com/
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