quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

enquanto isso o tempo gira


 ser ou não ser quando não é acaba sendo um teatro do absurdo a não realidade por onde escorrega toda lama por onde vaza toda e qualquer trapaça a olho nu a destruição como normalidade onde estamos como chegamos até aqui dessa forma tão estúpida entre correntes e algemas invisíveis a ditadura oculta dos que disfarçam as intenções premeditadas o rio emporcalhado nas ações clandestinas como se pregassem a coisa justa em nome do mercado deus da propriedade enquanto isso o tempo gira

 

Artur Gomes https://fulinaimagens.blogspot.com/



O Último Godot

texto de Matéi Visniec

Leitura ensaio com os atores:

Anderson Cabral e Felipe Monda

Laboratório de Teatro - processo de criação de encenações teatrais para espaços não convencionais

Direção: Artur Gomes

A Arte Existe Porque A Vida Não Basta

Ferreira Gullar

VeraCidade - As multilinguagens no Museu

#FCJOL






Me guardando pra quando o carnaval chegar vou passear no bloco dos Felinhos no teatro dos Felinis - quem adivinhar o homenageado ganha a fantasia .

 

este ano

eu vou sair de pirado

você não vai poder dizer

que eu não saí fantasiado

 

ano passado

eu saí de felino

EuGênio Mallarmè

saiu no baque pelegrino

 

este ano vamos todos de felinis

de um jeito tão bacante

que nem Afrodite nos define

 

Artur Fulinaíma

www.fulinaimargem.blogspot.com




a chícara é apenas um detalhe para pensar dela o café distraindo os olhos de coruja presos no umbigo


penso em vão não escrever certa vez comecei um poema com vírgula as curvas dos seios no branco do papel o caminho entre tecidos sob a pele para o túnel onde não passam automóveis a vírgula não é ponto apenas um sinal no início do poema que não precisa ter ponto final apenas curvas em direção a outras curvas para encontrar as outras vírgulas no início do poema



eu quero mais a carNAvalha


me encanta mais teus olhos
que o plano piloto de brasília
o palácio do planalto o alvorada
me encanta mais as mãos da namorada
que a bandeira do brasil
o céu de anil a tropicalha

quero muito mais a carnavalha
do que palavra açucarada
quero a palavra sal
no suor da carne bruta
a flor de lótus no cio da fruta
mesmo quando for somente espinhos
me encanta os pés que a lata chuta
por entender que a vida é luta
e abrir novos caminhos

me encanta mais na lama o lírio
a flor do láscio
os olhos da minha filha
que o ouro dessas quadrilhas
que habitam esses palácios

artur fulinaíma

www.carnalhagumes.blogspot.com



Bolero Blue


beber
desse conhac em tua boca
para matar a febre
nas entranhas entredentes
indecente
é a forma que te como
bebo ou calo
e se não falo quando quero
na balada ou no bolero
não é por falta de desejo
é
que a fome desse beijo
furta qualquer palavra presa
como caça indefesa
dentro da carne que não sai

Artur Gomes

www.fulinaimagens.blogspot.com


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