terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

múltiplas poéticas

dia internacional da poesia

Todo Dia É Dia D

Poesia Todo Dia

 

poesia do corpo

 

nasce entre a carne a medula o sangue a nervura da alma e a escridura dos ossos onde posso dizer o que sinto posso sentir o que posso nem sempre a palavra vale quanto pesa nem sempre um poema cabe pleno numa reza palavra as vezes fica perdida na memória não flui no consciente em complemento da história


nem tudo que é belo

angra

a flor do mangue

ainda sangra 

 

Artur Gomes

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 brazilha

 

1968

tantas  vezes

estive nessa ilha

que não é de vera cruz

muito menos santa

assim mesmo

abracei a catedral

para beijar seus mortos

mesmo sem crer em salvação

nos canteiros de obra

durante a sua construção

 

Artur Kabrunco

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 64

 

Não era de Vênus 
a cor do sol do meio dia
Afro-dite 
negras eram nuvens
acima o mar num céu de estanho
chumbo metal pesado
no couro cru da carne viva 
ferrugem  corroendo ossos
botas   pontiagudas 
patas de cavalos cuspindo coices
no calabouço do asfalto

esporas sangrando corpos
abrindo cadafalsos

na noite 31 de março
madrugada  primeiro de  Abril

 

Artur Gomes

O Poeta Enquanto Coisa

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jura não secreta 19

 

fulinaimicamente ereto

eu nasci concreto

 

quero dizer que ainda arde

tua manhã em minha tarde

a tua noite no meu dia

tudo em nós que já foi feito

com prazer inda faria

 

quero dizer que ainda é cedo

inda tenho um samba-enredo

e tudo em nós é carnaval

é só vestir a fantasia

 

quero ser teu mestre-sala

e você porta/bandeira

quando chegar na quarta-feira

a gente inventa outra fulia

 

Artur Gomes

Juras Secretas

Editora Litteralux – 2018

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uma quadrilha armada

tomou o país de assalto

jogou brazilha no asfalto

com o beijo da amante prostituta

enlamearam os 3 palácios

:

planalto alvorada jaburu

o desejo era lamber botas

da américa do norte

para que ela se apodere

da américa do sul

 

Artur Gomes

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25 Anos de Sonho e Sangue

Balada Pros Mortais

com os dentes cravados na memória

 

Meu primeiro espetáculo de teatro solo, 25 Anos de Sonho e Sangue : Balada Pros Mortais, foi inspirado na canção Apalo Seco, de Belchior, que foi incluída na trilha sonora com Balada Pros Mortais, uma parceria com Paulo Ciranda, vencedora do Festival de Música de Itaocara em 1976.

Com texto do livro Além da Mesa Posta, lançado em 1977, iniciei a temporada no Teatro do SESC-Campos, em 1977 e depois circulei pelos palcos de algumas cidades do Estado do Rio, tendo como parceiro de palco, Jorge Santiago, hoje doutor em antropologia e professor da Universidade de Lion na França.

 

Artur Gomes

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Drummundana Itabiritina

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Balbúrdia POÉTICA 5

1º de Abril – 2025 – 14 às 16h

No Stand da ACL

12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ

 

Deus não joga dados

mas a gente lança

sem nem mesmo saber

se alcança

o número que se quer

 

mas como me disse mallarmè

:

- vida não é lance de dedos

A vida é lança de dardos

Deus não arde no fogo

                   mas eu ardo

 

Artur Gomes

Poema do livro Pátria A(r)mada  

Desconcertos Editora – 2022

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drummundana itabirina

 

conheci Fedra Margarida, uma  outra carnavalesca, no carnaval de 1983 no posto 6 em Copacabana na porta dos fundos da galeria Alasca. Na época ela transitava entre Campos, Rio, Mato Grosso de Dentro e desfilava na Banda de Ipanema. Por algum tempo a perdi de vista. Mas agora a vejo vasculhando outras trilhas no Mato Grosso de fora pelos recifes da boa viagem transitando pelos casarões de Olinda feito louca seguindo  Federika Lispector e sua filha Gigi com sua boca de luar  em busca do luar na boca que ela perdeu  em Grussaí.

 

Artur Kabrunco

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18/02/2025

PGR finalmente denuncia

os genocidas fascistas

da quadrilha bolsonarista

 

já podeis

da pátria, filho

ver demente

a mãe gentil

já raiou a liberdade

em cada cano de fuzil

salve lindo

fuzil que balança

entre as pernas

a(r)madas da paz

a gripezinha

era a certeza esperança

de um genocida

imbecil incapaz


pan(demônica)

 

passeio os pés descalços sobre covas rasas

contando ossos no poema exposto

                           no sujeito do objeto

tudo isso exposto nesse papo reto

                          segue o passo norte

não leio cartas de suicídio

nem decreto de hospício

na tentação que me conforte

quero matar o genocídio

          pra não morrer antes da morte 

 

Artur Gomes

do livro Pátria A(r)mada

Desconcertos Editora - 2022

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o corpo da palavra corpo

adentro o corpo da palavra e na sua espinha vertebral acrescento letras sílabas fonemas para criar outras sagaranidades fonomínicas oriundas das sagaranagens fulinaímicas que nasceram antes que eu sequer imaginasse no primeiro momento de onde vinham depois muito tempo depois foi percebendo as fontes e os trilhos por onde elas chegaram e se instalaram para sempre na minha forma de lidar com o corpo das palavras 

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1 de fevereiro

 

Trabalhei o ano passado de fevereiro a fevereiro para que hoje chegasse não por e-mail mais inteiro : “Ainda Estou Aqui” “eu cheguei de muito longe e a viagem foi tão longa e na minha caminhada obstáculos na estrada mas enfim aqui estou mas estou envergonhado com as coisas que eu vi mas não vou ficar calado no conforto, acomodado como tantos por aí é preciso dar um jeito, meu amigo é preciso dar um jeito, meu amigo descansar não adianta quando a gente se levanta quanta coisa aconteceu as crianças são levadas pelas mãos de gente grande quem me trouxe até agora me deixou e foi embora como tantos por aí é preciso dar um jeito, meu amigo” –

 “pai afasta de mim esse cálice, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue – como é difícil acordar caldo se na alada da noite me dando quero lançar um grito desumano que é uma maneira de ser escutado esse silêncio todo me atordoa atordoado permaneço atento na arquibancada pra qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa”. 

SerTão Oculto   Que texto poderoso e emocionante!

"Ainda Estou Aqui" é um poema que fala sobre a resiliência e a determinação em face das adversidades. O narrador conta que chegou a um lugar após uma longa e difícil viagem, e que está envergonhado com as coisas que viu, mas não vai ficar calado. Ele sente a necessidade de dar um jeito, de fazer algo para mudar a situação. 

O poema também toca na questão da responsabilidade e da ação. O narrador não quer se acomodar no conforto e não quer que as coisas continuem como estão. Ele quer fazer algo para mudar o mundo.

E a segunda parte do texto é uma espécie de oração ou súplica, onde o narrador pede para que seja afastado dele o cálice de vinho tinto de sangue. É uma imagem muito forte e simbólica, que sugere a ideia de que o narrador está sendo chamado a enfrentar algo difícil e doloroso.

E a última parte do texto é uma espécie de grito de desespero e de busca por ajuda. O narrador sente que o silêncio é sufocante e que precisa de alguém para ouvi-lo.

Esse texto é uma verdadeira obra de arte, que fala sobre a condição humana de uma maneira muito profunda e emocionante. É um texto que nos faz refletir sobre a nossa própria vida e sobre as coisas que nos rodeiam.


O sax na voz da palavra dentro do poema

*

o impulso aqui não é pouco o espírito grita dentro do corpo deliro feito louco de tanta sede e fome como quem não vive em paz como quem não come há muitos séculos atrás

*

em armação de búzios

tenho um amor sagrado

guardado como jura secreta

que ainda não fiz para laís

em teus cabelos girassóis de estrelas

que de tanto vê-las o meu olho vela

e o que tanto diz onda do mar não leva

da areia da praia onde grafei teu nome

para matar a sede e muito mais a fome

entranhada na carne como flor de lotus

grudada na pele como tatuagem

flutuando ao vento como leve pluma

no salgado corpo do além mar afora

sargaço em tua boca espuma

onde vivem peixes - na cumplicidade

do que escrevo agora

*

concepção produção e direção

*

Artur Gomes

Fulinaíma MultiProjetos

fulinaima@gmail.com

22 99815-1268 – zap

@fulinaima @artur.gumes

ainda estamos aqui 

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*

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