boi-pintadinho
vovó joana
um dia me disse
:
meu filho vá ser poeta na vida
não esqueça de dar nome aos bois
e
não deixe nada pra depois
meta o dedo na ferida
- levanta meu boi-levanta
que é hora de viajar
acorda boi povo/todo
povo e boi tem de lutar
deixe essa manada de lado
pro teu patrão não te matar
Artur
Fulinaíma
O Boi-Pintadinho
ANFAI – 1980/1981
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Balbúrdia Poética
inquisição:
por sermos duas metáforas novas frescas gostosas desoprimidas
e sem qualquer pseudo complexo de fidelidade é que estamos aqui em brazilírica
pereira por sugestão da uilcona biúka diante desta outra inquisição. não ainda
não fomos apresentadas a lady federika bezerra. mas a conhecemos pela sua fama internacional de
porta/bandeira. macabea não pode se sentir frustrada pela nossa decisão de
estarmos aqui neste confessionário. Primeiro porque não temos e nunca tivemos
nenhum compromisso com ela. segundo é que alinhamos em outra frente liberal e desfrutamos de todo
direito de ir e vi ter e dar prazer gozar da forma que melhor nos convir. sexo?
é uma opção de gosto mesmo. até no palco porão? irônicas? Sim nosso mestre
serAfim nos ensinou que do sarcasmo
nasce a grande arte. mas o importante é
que nós como metáforas não precisamos estar somente em entre/linhas estamos
também nas entre/tuas entre/minhas e não se trata de traição procuramos fazer
algo diferente por exemplo do que já vimos em filmes de godard construídos em
larga medida só com citações e referências apoiando-nos nas coplagens como elementos
básicos para ultrapassá-los e transcendê-los. agimos como uma espécie de
conspiradoras conscientes dos bens culturais e materiais que nos pertencem como
patrimônio da humanidade.
Artur
Gomes
BraziLírica Pereira : A Traição das Metáforas
Alpharrabio Edições – 2000
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